por Rodrigo Telles
A tecnologia em nossa vida, assim como no cicloturismo, ajuda-nos bastante a trazer conforto e facilidades insubstituíveis hoje em dia. Mas em exagero, além de doer no bolso, pode acabar atrapalhando.
Difícil é saber a medida exata da nossa necessidade de tecnologia, é sempre uma questão individual e até filosófica, o quanto você vai se utilizar dos últimos lançamentos do mercado.
Para quem vai equipar a bicicleta para viajar, há algumas coisas indispensáveis, que além de conforto nos trarão tranqüilidade. Um bom grupo de marchas e freios (não precisa ser o top de linha nem o daquelas bicicletas de passeio), um bom farol e um bom alforje são itens que valem a pena investir. Por que você já vai ter que pensar em muitas coisas durante seu caminho, e ainda ter que resolver problemas recorrentes com o seu equipamento só aumentará sua dor de cabeça. A viagem é o momento de relaxar, pensar na vida, conhecer pessoas e admirar paisagem e não de se preocupar com a regulagem do câmbio que nunca está certa ou com o alforje que sai da posição toda hora.
Mas, quanto mais isolado e sem recursos o local que você for mais importante pensar na linha que divide o que é realmente um bom investimento de um futuro pepino. Pode ser que peças como suspensão e freio a disco por exemplo, sejam impossíveis de encontrar manutenção e reposição no caminho. No fim, vai ser sempre uma análise pessoal do custo benefício daquela tecnologia. Porém, antes de incorporá-la à bicicleta, tente avaliar o quanto ela te trará de conforto e segurança e qual o risco de ela te trazer uma situação desagradável durante a viagem.