Expedição Titicaca: Taraco

Monólitos escondidos - (26 de julho).

A pedalada até Taraco foi muito difícil. Apesar do trecho ser plano e asfaltado, havia um vento de frente muito forte. Já tínhamos pego bastante vento antes, mas esse era realmente forte. Fomos obrigados a andar só em primeira ou segunda marcha.

Porém, a paisagem continua muito linda. Temos um rio nos acompanhado a esquerda e uma lua quase cheia em pleno dia.Quando chegamos na cidade, quase no por do sol, havia uma festa. Sempre que a gente chega numa cidade tem uma festa acontecendo. Acho que eles também gostam de uma festa por aqui, sempre têm banda e gente de fantasia dançando coreografia. São muito animadas.

Taraco é muito pequenininha e totalmente sem estrutura. Acho que é por isso que apesar de existir muito material arqueológico não há nenhum turismo aqui.

Monolitos enormes com desenhos esculpidos muito interessantes. Eles utilizam muito a figura do puma na sua arte. Era um dos animais considerados sagrados por eles. Também há outros animais que sempre estão nas esculturas. A serpente e o peixe, por exemplo. O sapo, que na nossa cultura é considerado um animal sujo e asqueroso, para eles era símbolo de transformação e vida.

Porém, o único monolito que havia para ser visto era de uma figura humana de 1,5m que estava na praça da cidade. Para ver os outros, tivemos que pular uma janela do depósito da prefeitura, que estava com o vidro quebrado, pois ninguém tinha a chave. Todas as peças estavam deitadas num canto do depósito escuro, ao lado de uma montanha de cadeiras. Também havia cerâmicas e peças em metal muito delicadas.

Depois ficamos sabendo que o maior de todos os monolitos, uma baleia de vários metros, não podia ser visto. Disseram que o haviam enterrado pois ele possuía uma maldição e que alguns dos soldados que estavam tentando carregá-lo para a cidade morreram.


Expedição Titicaca: Pucara
Expedição Titicaca
Expedição Titicaca: Moho