por Rodrigo Telles -
O assunto aqui é a maneira de se pedalar, com objetivo de obter um maior rendimento e um menor risco de lesões.
A maior parte da força que fazemos no pedal se dá na hora em que a perna está descendo. É o movimento mais óbvio e intuitivo de se fazer com os pedais. Porém, este tipo de esforço, que chamamos pedalada ‘pistão’, pode levar a uma série de lesões nas articulações do joelho e do tornozelo, para quem não tem a musculatura preparada para isso.
Além disso, neste movimento, acabamos perdendo, ou desperdiçando, praticamente todo o restante da pedalada. Para um melhor aproveitamento da pedalada portanto, devemos nos concentrar justamente nesta outra parte que não está sendo utilizada.
A primeira coisa é perceber que isto acontece, e depois, concentrar-se para a pedalada ficar o mais ‘redonda’ possível, sem trancos. Uma leve inclinação dos pés, levantando um pouco o calcanhar, quando estiverem na posição mais baixa da pedalada, pode ajudar. Os espanhóis comparam ao movimento que o touro faz com os pés, quando nervoso.
Para facilitar, vale a pena utilizar o firma-pé (ou pedaleira). Com ele você consegue fazer um pouco de força quando as pernas estão subindo e ajuda a fazer a pedalada redonda. A estimativa é de que eles aumentem entre 10 e 15 por cento a eficiência da pedalada. As sapatilhas de ciclismo também cumprem esta função, até melhor, mas não são muito utilizadas no cicloturismo pela pouca versatilidade que oferecem em termos de outros usos que não seja pedalar.
Dicas:
O cuidado com as articulações deve se dobrado quando estamos com uma bicicleta carregada, utilize marchas mais leves.
Para pedalar melhor, pedale mais rápido, e não com mais força.