por Eliana Garcia
Em uma reunião de cicloturistas, Antonio Olinto, que faz parte do seleto grupo dos brasileiros que já deram a volta ao mundo, solta esta pergunta no ar:
- Mas o que é aventura para você? Perguntando a cada um dos presentes. A pergunta ficou martelando na cabeça de muitos até hoje.
O conceito muda de uma pessoa para outra. O que pode ser uma grande aventura para mim, para outra pode não passar de brincadeira de criança. Além disso, nosso próprio conceito de aventura pode se alterar com o tempo.
Amir Klink, que aliás não se define como aventureiro, já declarou que a travessia do Atlântico a remo não foi uma grande façanha, claro, comparando com tudo que já realizou depois disso.
Por outro lado para alguém urbano, sem o menor contato com o mundo da aventura, e sedentário, pode ser um grande desafio conseguir completar um percurso a que se propôs num final de semana. Isso não quer dizer que o esforço e a determinação empregados tenham sido menores ou menos válidos do que de um aventureiro profissional com toda a cobertura jornalística.
Quando escolhemos encarar um desafio, a única medida que devemos seguir com segurança é a nossa própria limitação. Não há porque comparar com o que outros alcançam ou vencem, porque cada um tem sua história, seu preparo físico e psicológico. De certa forma é como um processo didático, o que importa é o quanto se aprendeu e não o resultado final em si.