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Dois Oceanos, Duas Rodas

Dois Oceanos, Duas Rodas

Plaza de Mayo, em frente à sede do governo argentino em Buenos Aires

Sair de Buenos Aires, na foz do Plata, pedalar em uma linha praticamente reta para o oeste, atravessando os pampas argentinos. Tomar um bom vinho em Mendoza, atravessar a Cordilheira, e quem sabe até, conhecer o Oceano Pacífico. Essa foi a intenção desta viagem de férias. Eu não tinha um compromisso de fazer todo o trajeto pedalando, mas parece que quando não temos compromissos, as coisas acabam fluindo mais naturalmente. Esta foi a viagem que segui mais fielmente o roteiro inicial. Ao todo, foram 28 dias, 1.800km pedalados em 18 dias, e infindáveis histórias para contar.

Ônibus escolar - Buenos Aires

Buenos Aires, capital federal
Cheguei de avião em Buenos Aires no dia 11 de outubro. De avião, sai quase o dobro do preço do ônibus, mas ganha-se 4 dias de viagem quando se considera também a volta do Chile. Se você conseguir comprar milhas de algum amigo viajante, pode sair mais barato. O único inconveniente é o limite de bagagem de 20kg, que requer uma boa conversa com a atendente do check-in. Buenos Aires estava calma. No dia 12 de outubro se comemora a chegada de Cristóvão Colombo às Américas, em um feriado com um nome no mínimo polêmico, o "Dia da Raça".

Parques de Buenos Aires

Como na segunda seria a volta do feriado, acabei aproveitando para conhecer a cidade nesses dias e só iniciei a pedalada na terça-feira. E como valeu a pena: Buenos Aires é uma cidade que, apesar da crescente violência, é muito bonita, arborizada, cheia de áreas verdes, de cafés onde se serve saborosos alfajores, e repleta de histórias.

Deixando o simpático Milonga Hostal. Buenos Aires

É difícil caminhar por suas ruas sem notar as marcas vivas do passado recente que se lançam abruptamente sobre o pedestre. Como caminhar pela Plaza de Mayo, sem pensar nas mães, que ali denunciavam o desaparecimento de seus filhos, em frente à sede do governo argentino, em pleno período militar? Ali no centro da praça, um grafite no monumento branco faz o justo agradecimento: "Gracias Madres". As marcas das últimas manifestações populares ainda estão ali para lembrar o quão grave foi a última crise. Grades dividem a praça em duas e cercam toda a Casa Rosada. E ainda está ali um pequeno caminhão da polícia, pronta para coibir qualquer levante.

As largas avenidas portenhas - Buenos Aires

No estádio La Bombonera, a referência aos momentos gloriosos de Diego Armando Maradona. (nas ruas se vende pôsteres do ídolo com a inscrição "El Dios"). No intervalo do jogo, uma faixa estendida no campo silencia o estádio. Ela dizia: "No se quede en la duda. Abuelas de la Plaza de Mayo" e apresentava um telefone. É mais uma vez das mães da praça de maio, que agora buscam seus netos, órfãos supostamente criados pelos próprios militares, depois do assassinato de seus pais...

Primeiro dia nos pampas

Os pampas argentinos
Os pampas são uma extensa planície que começa às margens do Prata e que cobre boa parte do território argentino, começando no Atlântico e seguindo até encontrar as montanhas à oeste. Neste trecho da viagem, atravessei aproximadamente 700km de pampas entre Buenos Aires e Rio Cuarto, no centro da Argentina, província de Córdoba. Sua travessia proporcionou-me uma grande experiência humana: o contato com comunidades agrícolas que cultivam soja, milho, e que criam gado. Uma região não turística, mas com um povo simples, hospitaleiro e gentil. Em Luján, a 80km da capital, o senhor encarregado do camping mostrava-me, durante o jantar, o seu livro de visitas, com viajantes de todo canto que por ali passaram.

Vista dos pampas argentinos

Por ele, soube que anos atrás passou por ali um outro ciclista brasileiro, com mais de 40 anos, que se alimentava apenas de arroz integral... quem será? No povoado de Todd, uma senhora me entregou uma flor para ser depositada no santuário de Santa Tereza de Los Andes, já no Chile. Mais uma motivação para continuar: a flor foi cuidadosamente guardada na bolsa de guidão. Em Rio Cuarto, terra de gente hospitaleira e politizada, cheguei um pouco adoecido após dias sob forte variação de temperatura do dia para a noite.

Ônibus em Luján

Fui calorosamente recebido pelo grupo Sendero Aventuras, que me apresentou a cidade. Levaram-me à farmácia, ao supermercado e me deram valiosas dicas sobre meu trajeto. Eles insistiam em me oferecer água. Logo então compreendi o motivo: "Rio Cuarto tem a melhor água da Argentina!", disse com orgulho Daniel, do grupo Sendero Aventuras... e realmente, a água era muito boa.

Tomando mate com Jorge Tato - Luján

Os pernoites eram feitos em camping, quando havia um, ou em postos de gasolina para caminhoneiros (alguns da Petrobrás, onde paravam muitos brasileiros). Muitas vezes, a estrutura destes últimos era melhor do que a de muitos campings, com banheiros mais limpos, lojas de conveniência e gente para conversar. Certa vez, quando cheguei a Venado Tuerto, acabei por não simpatizar pela cidade, talvez influência do extremo cansaço que sentia no momento.

Ruta 7

Por conta disso, confundi-me com os incontáveis semáforos, no trecho que a rodovia corta a cidade, e acabei passando reto num deles, quase sendo atropelado por uma caminhonete. Foi por muito pouco... Acabei pedalando até escurecer e terminei acampando em um pedágio, a 15km da cidade. O pessoal até que me recebeu bem, mas não me permitiram utilizar a ducha. Tentei  frio, foi só "o essencial".  

Caminhões na estrada, ruta 8

A monotonia da paisagem (imensas pastagens, plantações de soja, e lá longe no horizonte, um aglomerado de árvores) por vezes me trazia uma nostalgia, e então eu via, naquele imenso céu, meu passado correr como um filme. Havia muito tempo para pensar, repensar, reavaliar o passado... de repente, uma buzina. Lá vou eu para o acostamento: mais um caminhão da Sadia, do Paraguai ou do Uruguai seguindo para o Chile.

Barraca tomba com o vento na madrugada. Pedágio de Venado Tuerto, Provincia de Cordoba

A grande variação de temperatura (de dia acima de 30 graus, à noite abaixo de 10), o forte sol frontal à tarde, e principalmente, o vento foram os maiores desafios nesta parte da viagem. O vento aqui conta mais que qualquer subida e, quando contra, tem um forte poder desmotivador. Logo no segundo dia, o vento contra fez com que eu levasse quatro horas para pedalar meros 20km.  

Acampando em um posto de gasolina - La Carlota, Argentina

No dia seguinte, com vento a favor, mantive uma média incrível para uma montain-bike carregada, acima de 30km/h. Quando dormia no pedágio, acordei no meio da noite com a lona lateral da barraca na minha cara. As estacas já haviam se soltado, e as varetas de sustentação estavam torcidas pelo vento. Quando clareou o dia, foi possível ver o motivo: uma tempestade passava ao largo, a dezenas de quilômetros de onde estava.

Água para Defunta Correa, outra personagem das crenças religiosas argentinas

 

De Achiras a Mendoza, o seco interior argentino
Ao sair de Rio Cuarto, eu não me despedi apenas do Sendero: dei adeus aos pampas argentinos também. Adentrei então uma região bem mais árida, que guarda ainda muitas histórias do tempo em que a região era um campo de batalha entre índios e brancos (os primeiros foram completamente dizimados). Essas histórias estão à beira das estradas, nas casinhas de devoção à Defunta Corrêa, onde os viajantes deixam garrafas de água potável que formam inacreditáveis pilhas (ótimas para ciclistas), ou nos santuários e bandeiras vermelhas para Gauchito Gil.

Gauchito Antonio Gil, personagem das crenças religiosas argentinas

O mito de Defunta Corrêa surgiu quando uma mulher, com um filho recém-nascido, foge de uma cidade na província de San Juan. Ela procura pelo marido, oficial do exército, após um ataque de índios. A mulher caminha por dias e acaba por morrer de sede no deserto. Três ou quatro dias depois, quando seu corpo é encontrado, um milagre: seu bebê está vivo, alimentando-se do leite materno que sai do peito da defunta. Por essa razão as pessoas deixam garrafas d'água em seus santuários na estrada. Alguns não se limitam a deixar garrafas d'água. Há locais em que há portas ou simplesmente toda a carcaça de um carro deixadas em sua devoção.

Achiras, província de Córdoba

Achiras, uma vila que guarda alguns registros arqueológicos indígenas, foi um marco que mudaria os rumos de minha viagem. Lá conheci o Oso ("Urso"), um senhor que com sua simples bicicleta, já viajou por quase toda a América Latina, inclusive o Brasil. Ele me convidou para um sorvete, e enquanto eu ouvia suas histórias, vejo adentrar no vilarejo duas bicicletas muitíssimo bem equipadas: eram o José e o Johannes.

José se aproxima

Estes suíços também vinham pedalando desde Buenos Aires, por um caminho diferente do meu, e seguiam para o Peru. Decidimos pedalar juntos, sem compromisso, e assim fomos até Valparaíso no Chile. Ainda em Achiras, ganhei uma bandeira argentina, que viajaria agora presa a minha bagagem, ao lado da bandeira brasileira: uma cordialidade com quem me recebeu tão bem. O trecho seguinte, até Mendoza foi o mais árido, e também um dos mais bonitos.

Nem sempre o asfalto é bom

A companhia de José e Johannes se mostrou muito conveniente, pois na estrada que cortava um imenso vazio, passava somente um carro a cada uma ou duas horas. Não havia nada no caminho. O tempo era tão seco que o vento levantava turbilhões de areia, ou ainda, causava tempestades de areia. No caminho até Mendoza, os cães foram companheiros marcantes. Num camping em Rio Tercero, vimos uma matilha de cães disputando uma fralda... usada.

Espirais de poeira no tempo seco e quente do interior argentino

O vencedor se deitou no gramado com o que sobrou da fralda e ficou lá, saboreando o "doce-de-leite". Em La Dormida, um cão roubou nosso pão que havíamos comprado para o café-da-manhã e, não contente, urinou em cada canto de nossas barracas! Cachorro folgado! No último dia a caminho de Mendoza, aquelas nuvens brancas lá no alto chamaram nossa atenção. Olhando bem: um susto. Não eram nuvens, mas sim a neve no alto da cordilheira que se aproximava! Com essa euforia e ajudados pelo vento a favor, seguimos até a tão esperada capital de província. A entrada da cidade não é lá muito amigável para ciclistas, mas tudo bem, chegamos a Mendoza, um oásis no meio do deserto. Terra de vinho, de aventureiros e de gente bonita!


Na divisa das Províncias de San Luis e Mendoza, os caminhões que movimentam o Mercosul

Mendoza, aniversário e cordilheira
Em Mendoza, íamos ficar apenas dois dias, mas acabamos ficando quatro. Cidade planejada e um lugar muito agradável para se viver: No Parque General San Martín, que possui uma área de quase um terço do tamanho do município, as pessoas aproveitam a siesta para tomar um mate. Uma coisa que me impressionou é que não havia muros nas casas, e as pessoas caminhavam pelas ruas, desfrutando das praças centrais, que são limpas e seguras. O meu aniversário não teve nada de muito especial: vi pela internet os e-mails que chegavam de longe. Na pensão, vinho no almoço e no jantar, brindando com quem estava por ali no momento, os 'ches' suíços e um casal de franceses. Somente um almoço mais caprichado, nada mais.

Carros antigos em Mendoza

No dia seguinte seguimos para três dias de cordilheira. Este sim, o trecho mais impressionante da viagem: o vale do rio Mendoza, um imenso vale entre montanhas, cada uma de uma cor distinta.

Johannes em primeiro plano, José ao fundo. Início da Cordilheira, Mendoza

Quanto mais se sobe, mais frio fica, mais militares aparecem. Foram várias paradas até chegar à divisa, mostrando passaportes e dando explicações. Em Potrerillos, uma equipe de estudantes de Educação Física, que fazia um retiro no Camping, proporcionou-nos um delicioso banho com as mais gélidas águas que descem das montanhas. Eles simplesmente esvaziaram o tambor de água quente do banheiro, antes que pudéssemos tomar nosso merecido banho...

Tudo fica pequeno no Vale do Rio Mendoza

Potrerillos, Uspallata, Punta de Vacas, Los Penitentes. Assim subimos rapidamente a cordilheira. Saindo de 800m acima do nível do mar, chegamos a 3.125m, em Las Cuevas, bem na divisa com o Chile. As histórias de montanhistas que ali morreram, a imponência daquelas montanhas geladas e o frio em pleno verão apenas nos mostravam que, ali, respeitar as condições climáticas era uma ordem. E assim seguimos até a fronteira, com neve a 6 graus centígrados. Não se pode pedalar por dentro do túnel, então uma caminhonete chilena, da concessionária da estrada, veio nos buscar. Ficava para trás a acolhedora Argentina, que se despedia de nós com uma placa azul: "Las Islas Malvinas son argentinas!".

Depois da pedalada, a hora do jantar. Camping em Potrerillos, Argentina

Chile!

A chegada ao Chile foi brindada com uma imensa descida de cordilheira. Após carimbar os passaportes, lá fomos nós nos jogar desfiladeiro abaixo. São os famosos Caracoles, um conjunto com mais de 20 curvas. Entre uma foto e outra, vejo um rapaz na parte da frente de um ônibus, que subia lentamente a cordilheira, com uma bandeira brasileira estendida. Prontamente, saquei minha bandeira verde-amarela e acenei, e vi então um ônibus inteiro quase tombar para um lado, com uma multidão se debruçando na janela, mãos e bandeiras do Brasil acenando.

Los Caracoles

E atrás dele, outro ônibus, a mesma reação, provavelmente uma excursão de brasileiros. Os ônibus foram subindo assim, lentamente e balançando, até se perderem nas curvas montanha acima. Ao chegar lá embaixo, José me pergunta: "Que pasa, che! Los brasileros son todos locos!!" Ele não entendeu tal reação. Eu também não entendi, pode ter sido algo brega, mas digamos que foi apropriada para o momento. Nesse mesmo dia, chegamos a Los Andes, e conhecemos a lendária Casa del Ciclista de Eric Savard.

Los Caracoles, as curvas na descida da Cordilheira - Chile

Este veterinário, há 25 anos, acolhe em sua casa ciclistas viajantes que passam pela região. Experiência marcante. Além de nós, estava na casa um canadense que há 4 anos vendeu tudo e vem pedalando rumo ao sul, e ganha a vida publicando suas histórias no jornal de sua cidade. Havia também um sofrido grupo de ciclistas equatorianos, que voltava a seu país. Contaram-nos da dificuldade que foi organizar a viagem, que mobilizou todo o seu povoado.

Estação de Portillos, logo após o passo da Cordilheira, Chile

No dia seguinte, chegou um alemão, com a história mais respeitável. Ele estava pedalando há seis meses, e estava vindo da... China! Quase 15 mil quilômetros pedalados. Minha viagem aqui é apenas "um passeio até a esquina". Nas prateleiras da casa, os viajantes encheram três livros de visitas com fotos, e agradecimentos em vários idiomas. Na prateleira também havia livros de viajantes. Um deles era de uma família de franceses que viajou 14 anos pelo mundo. Então virei na primeira página e lá estava: uma dedicatória em francês, agradecendo a estada no lugar... algo de arrepiar.

Casa del Ciclista, Los Andes, Chile

Esse lugar tem realmente algo de mágico, sacro. Quem viaja nessas condições, sabe do que estou falando. Aproveitei também a estada para cumprir minha promessa: entregar a flor que prometi entregar no santuário de Santa Tereza de Los Andes. Tirei uma foto e enviei por e-mail. A mulher quase teve um enfarte! Dever cumprido, seguimos para o litoral, alimentando-nos a base de Chirimoya, a fruta da região. Enfim, o litoral chileno: Reñaca, Viña del Mar, Valparaíso. O tão esperado oceano pacífico. Foi também por ali que pela primeira vez na vida eu via um pelicano. Ele estava ali na praia e quando consegui ligar a câmera, ele voou.

Missão cumprida: entregando a flor no Santuário de Santa Tereza de Los Andes

Miséria, pensei. Quero ver agora eu ver outro pelicano. Mais uma curva na estrada e lá estavam um bando deles, deveria haver ali pelo menos uma dezena de pelicanos, prontos para a foto... Ficamos em Valparaíso, e mais uma vez, acabamos ficando mais do que o planejado, dada a hospitalidade das pessoas do lugar. Valparaíso é uma cidade muito agradável, tombada como patrimônio da humanidade, encravada entre diversos morros, com seus casarões típicos e seus ascensores, com seu porto, seu mercado. Abriga também o Congresso chileno. Cidade repleta de estudantes, o que lhe confere uma noite singular. Numa dessas noites, regadas a muitas chelas (cervejas), um "incidente diplomático": chamei um chileno de "che". Ele ficou bravo, e me disse: "Weon, aquí en Chile no se puede decir 'che'. 'Che' es cosa de argentinos, y argentinos no són bienvenidos. Aquí se debe decir 'weon'!".

Casarões morro acima: típica vista em Valparaíso

Fiquei um tanto chateado ao pensar em todas as rivalidades sem sentido que afastam brasileiros de argentinos, argentinos de chilenos e assim vai. Resumi-me a dizer que éramos todos irmãos e a brindar mais um copo de cerveja. Algumas garotas, ao saber que eu era brasileiro, logo me perguntaram: "Você vai na praia de sunga?" Com a resposta positiva, elas saíram aos gritos e gargalhadas, com olhares de desejo. Elas não me deram mais detalhes, mas no dia seguinte, em Viña del Mar, notei que ninguém ia na praia de sunga. Decidi entrar na água, mas sua temperatura era tão baixa e o vento tão forte, que me satisfiz com uma rápida molhada nas canelas de roupa mesmo. Mais tarde, vim a saber que lá quem vai de sunga na praia é considerado agressivamente vulgar... (e pela temperatura da água, eu diria maluco também).

Entrada obrigatória no Pacífico. Mas com esse frio, só até as canelas

Enfim, a despedida

Após tantos dias juntos, chegou o dia da despedida. Acabei recebendo um canivete suíço daqueles camaradas. Deixei com o Johannes o meu walkman. Pensei que ia ser tranqüilo mas acabei chorando, droga. Eles seguiram para o norte, eu voltei sozinho e desanimado para as montanhas, rumo a Santiago do Chile. Não pude ficar muito na capital chilena. Apenas o tempo para conhecer a cidade e planejar meu caminho para o aeroporto internacional. O pesado trânsito da capital e o imenso número de ônibus fazem da cidade um local não muito amigável para ciclistas. Mas fui recebido como um irmão pelo Álvaro Jara, um diplomata amigo de uma amiga de São Paulo. Chegada a data, montei as malas e lá fui eu para o aeroporto. Algumas horas depois, eu já estava novamente em casa, com a boca estranhando o português, e insistindo em soltar palavras em espanhol.

Despedida de José e Johannes - Valparaiso, Chile

Variação de altitude ao longo da viagem Buenos Aires - Val Paraíso - Santiago

Dicas Em Buenos Aires, Milonga Hostel (www.milongahostel.com.ar), Local simples e aconchegante, com estudantes de várias partes do mundo.

Fotolog da viagem: www.fotolog.net/luisfmrosa Fotos de antigas viagens e passeios: http://sites.uol.com.br/luis.rosa


Luís Fernando Marques Rosa, 26 anos, engenheiro de computação, nasceu em Limeira-SP e hoje vive e trabalha em São Paulo. Viaja em bicicleta desde 95.